Tudo foi um teste, as palavras que eu disse, as coisas que eu fiz e todo o resto, foi tudo pra ver como você iria se sair, como seriam os seus argumentos, foi tudo pagando pra ver, arriscando e torcendo por alguma coisa. Eu sorri várias vezes com vontade de chorar, eu chorei com vontade de sorrir, eu falei com vontade de ficar calada, eu disse que não amava amando, e eu caí na minha cilada, você se saiu bem no teste, foi eu quem caiu na primeira pergunta difícil:
- E ai, o que você sente?
Eu tinha o controle, eu estava controlando o que você iria dizer, sentir, fazer.... mais no fim eu me rendi, eu me apaixonei perdidamente pelo seu jeito, pela maneira como você agiu exatamente diferente do que eu julguei que você fosse agir, pelo seu sorriso, pelo seu caráter. Mesmo sabendo que não era aquele que eu queria, que não era o covarde e traíra que eu queria, mais eu torci pra ser assim, só pra ter alguns minutos do seu amor meio torto, só pra cultivar as lembranças de uma tarde ou uma manhã do seu lado, amor louco, eu já nem me preocupava com o teste, a cobaia tinha se tornado eu mesma, entrei achando que era a tal e passei a ser mais uma garota apaixonada, eu torci mais não fui ouvida, você não foi canalha, não foi covarde, encarou o que sentiu, me disse que não era bem assim e assassinou o meu amor, belo teste, tentei te fazer me amar e acabei eu amando, tentei fazer você se apaixonar e acabei apaixonando.
Belo fim pra essa história, eu aqui, sozinha e iludida, enquanto eu pensei que sabia tudo o destino progetava um belo teste de lição de vida.
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