quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Momentos
..
Não se esqueça do prazer, de estar, de ser, de sentir. Que não me falte as palavras, quando na verdade eu sei que a ilusão de me dizer pra não esquecer de dizer, torna isso tudo meio utópico. Não, não dá pra ter palavras quando é o corpo que decifra e descreve cada movimento repetido de uma forma sutil, sem sequer ouvir a palavra.. palavra..É inexistente o falar, porque os sussurros saem da alma que grita e anseia ser ouvida. Eu não necessito de entendimento, pra mim quanto menos me entenderem ao me ler, mais sentirei que alcanço diariamente o meu objetivo, não busco que me decifrem, aliás, eis o prazer de tudo na vida, ser um pouco indecifrável, talvez isso resumiria cada detalhe, porque eu não saberia nem em um milhão de palavras dizer o que significa, porque significa além do que quer dizer significado.
Eu ponho mentalmente uma melodia, gostosa de ouvir.. que traz aquela sensação de que o tempo nunca para e ela conitua contínua, constante.. porque é assim que me sinto.. uma melodia tocada cuidadosamente com todo zelo e sentimento.. beijada através das notas suaves de um homem que não parece ser tão menino e por que não dizer puro? Jamais alguém vai poder explicar o que é ser tão amada e o que é ser tão vivida em cada pedaço de vida. Hoje eu sei que não existe isso de "experiência", porque o meu maior prazer é saber que eu me transformo na sua experiência todos os dias assim como vcê me ensina a ter, a ser e a sentir que eu nunca mereci tanto seu amor como eu mereço hoje.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Inverno de 1913
Não diria que não há sentido em continuar, apenas que mudar as vezes dói e quem sabe seja novo demais falar sobre um outro lado do amor, que é ainda mais bonito e talvez por ser tão bonito se torne tão difícil. Não lamentaria se apenas faltassem palavras por hoje, ou por amanha.. me encabula que faltem palavras por toda a vida e me frustra que eu passe uma vida inteira sem saber como dizer isto. O real sentido de viver pra mim sempre foi esperar um grande amor, só que escrever não era apenas um passa tempo enquanto esperava sentada na poltrona da impaciência tomando o café da solidão, talvez de início tenha sido e talvez eu até tenha sem querer me apaixonado pela ideia, porque num mundo onde eu me acostumei a ser só eu encontrei isso, isso que me move e que mesmo que eu mude não sai de mim. Em essência eu sou palavras, um quebra cabeça de palavras mal feitas e rabiscadas que teimam em se juntar e tentar formar uma frase nunca dita antes. Acontece que a música toca toda vez e ela nunca é igual, e a minha alma toca hoje a canção do correspondido, a canção do “ate que enfim você chegou meu querido”, meu querido amor. Eu passei a vida limpando a casa e arrumando as coisas para você chegar, eu fiz um belo trabalho rabiscando paredes de mim e sussurrando melodias impostas pelo meu eu. Sorria, sorria eu lhe suplico, porque as lágrimas saíram por aí e eu só tenho sua companhia, sorria meu querido, porque uma vida inteira esperaram a sua chegada e hoje tudo está pronto e no lugar para que você nunca precise partir.
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